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sábado, 31 de dezembro de 2011

AS COISAS DE SEMPRE?


         É ano novo. Sem dúvida algo que sempre marca a entrada de um ano são as promessas e compromissos assumidos: “esse ano eu emagreço”, “agora eu vou fazer aquela viagem”, “ano novo cara nova”, “dessa vez eu leio a Bíblia”. Há ainda aqueles votos que não dependem da nossa contribuição pessoal para que se realizem: “e o meu time será campeão”, “quero começar e terminar esse ano sem nenhum problema”. Na verdade, com uma ou outra variação, mas são as coisas de sempre. Sempre os mesmos votos, os mesmos compromissos, as mesmas promessas, as mesmas tentativas.
            O início de um novo ano nos enche de entusiasmo e dá a impressão de que temos nova chance. É como se fosse um “restart”. Isso não é de tudo ruim. Afinal o próprio Deus sempre nos concedeu novas oportunidades: Adão e Eva, depois do pecado, ouviram que o Descendente nasceria para esmagar a cabeça da serpente. O povo de Deus teve uma nova chance de recomeçar sua história depois do cativeiro babilônico. Pedro pode ouvir do Senhor Jesus: “apascenta meus cordeiros” mesmo depois das três negações antes que envolvia a prisão do Mestre. Pedro teve uma nova oportunidade.
            A questão é que temos consciência que precisa ser feito, mudado ou retomado. Mas nem sempre agimos de acordo com o compromisso feito. É como falar pela onda do momento, por que é bonito, mais nada além disso. Os judeus haviam assumido o compromisso de atender as demandas do templo com relação a manutenção do sacerdócio e sustento dos levitas (Neemias 10. 32-39). O que se vê um pouco depois são os levitas e sacerdotes tendo que fugir de Jerusalém por não terem nem ao menos comida.
            Não conseguindo cumprir as coisas de sempre, seria interessante ver o que realmente e necessariamente precisamos fazer. Ter a consciência de que já é hora de perdoar ou pedir perdão para aquele “ex-amigo”, fazer uma visita para um idoso que já não recebe atenção nem de sua família, brincar com os filhos sem pensar nas horas, levar a esposa para um passeio agradável, viajar com o marido em lugar novo, participar dos cultos sem obrigatoriedade de criticar se está tudo certo ou tudo errado, estudar não somente para garantir reconhecimento e futuro mas também pelo prazer do conhecimento, ser um discípulo de Cristo não por obrigação mas por satisfação, ler a Bíblia não por constrangimento mas porque também é uma gostosa aventura.
Sim, podemos fazer de 2012 um ano melhor sem sacrifício, começando pelos pequenos gestos. Bênçãos maiores virão!


Feliz ano novo!

Rev. Natanael Flávio de Moraes 

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