É ano novo. Sem dúvida algo que sempre marca a
entrada de um ano são as promessas e compromissos assumidos: “esse ano eu
emagreço”, “agora eu vou fazer aquela viagem”, “ano novo cara nova”, “dessa vez
eu leio a Bíblia”. Há ainda aqueles votos que não dependem da nossa
contribuição pessoal para que se realizem: “e o meu time será campeão”, “quero
começar e terminar esse ano sem nenhum problema”. Na verdade, com uma ou outra
variação, mas são as coisas de sempre. Sempre os mesmos votos, os mesmos
compromissos, as mesmas promessas, as mesmas tentativas.
O
início de um novo ano nos enche de entusiasmo e dá a impressão de que temos
nova chance. É como se fosse um “restart”.
Isso não é de tudo ruim. Afinal o próprio Deus sempre nos concedeu novas
oportunidades: Adão e Eva, depois do pecado, ouviram que o Descendente nasceria
para esmagar a cabeça da serpente. O povo de Deus teve uma nova chance de
recomeçar sua história depois do cativeiro babilônico. Pedro pode ouvir do
Senhor Jesus: “apascenta meus cordeiros” mesmo depois das três negações antes
que envolvia a prisão do Mestre. Pedro teve uma nova oportunidade.
A
questão é que temos consciência que precisa ser feito, mudado ou retomado. Mas
nem sempre agimos de acordo com o compromisso feito. É como falar pela onda do
momento, por que é bonito, mais nada além disso. Os judeus haviam assumido o
compromisso de atender as demandas do templo com relação a manutenção do
sacerdócio e sustento dos levitas (Neemias 10. 32-39). O que se vê um pouco
depois são os levitas e sacerdotes tendo que fugir de Jerusalém por não terem
nem ao menos comida.
Não
conseguindo cumprir as coisas de sempre, seria interessante ver o que realmente
e necessariamente precisamos fazer. Ter a consciência de que já é hora de
perdoar ou pedir perdão para aquele “ex-amigo”, fazer uma visita para um idoso
que já não recebe atenção nem de sua família, brincar com os filhos sem pensar
nas horas, levar a esposa para um passeio agradável, viajar com o marido em
lugar novo, participar dos cultos sem obrigatoriedade de criticar se está tudo
certo ou tudo errado, estudar não somente para garantir reconhecimento e futuro
mas também pelo prazer do conhecimento, ser um discípulo de Cristo não por
obrigação mas por satisfação, ler a Bíblia não por constrangimento mas porque
também é uma gostosa aventura.
Sim, podemos fazer de 2012
um ano melhor sem sacrifício, começando pelos pequenos gestos. Bênçãos maiores
virão!
Feliz ano novo!
Rev. Natanael Flávio de Moraes
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