Dizem por aí que algumas situações são “males necessários.” Isso acontece quando é preciso fazer algo que cause algum mal, por outro lado, também traz algum benefício em caso emergencial. Por exemplo: o uso de corticóides pode causa gastrite, úlceras, afina-mento da pele e outras consequências, contudo, dependendo da enfermidade, seu uso é essencial para o tratamento, ou seja, é um mal necessário. Não obstante, existem alguns males que são completamente desnecessários. Dentre eles podemos destacar: o ócio, o ópio e o ódio. Esses males corrompem a pessoa.
O ócio é a condição de ser desocupado. O ócio é a capacidade que alguém tem de querer ser incapaz de qualquer coisa. Uma pessoa ociosa é alguém que não quer fazer nada e não vê necessidade de se fazer alguma coisa. Quem vive no ócio sempre explora o outro. Afinal, se ele não faz é porque alguém que está sobrecarregado anda fazendo pelo ocioso. O ócio corrompe o corpo tornando-o preguiçoso. Além disso, uma mente ociosa está sujeita a pensamentos vãos, tolos e inúteis. É como diz o ditado: “mente vazia, oficina do diabo.”
O ópio é a referência ao vício.
O ópio é uma droga oriunda da papoula produzida em larga escala principalmente em países asiáticos e do Oriente Médio. Pode ser usado como representação de drogas e químicos que causam dependência. Estar viciado é estar preso. Quem vive em qualquer vício, na verdade vive aprisionado fora de celas. Às vezes só se é produtivo quando lança mão de seu vício; outras vezes é forma para fugir do estresse ou problemas de sua rotina. O ócio corrompe o corpo e a mente. A prisão do ópio torna a pessoa incapaz de discernir e de progredir.
O ódio é a ação contrária do amor. Enquanto o amor é: paciente, benigno, não ar-de em ciúmes, não se vangloria, não se ensoberbece, não conduz de forma inconveniente, não procura seus próprios interesses, não se irrita, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, tudo sofre, tudo crê e tudo espera, o ódio: é impaciente, maligno, ciumento, vangloria-se, se ensoberbece, age inconvenientemente, é interesseiro, irritadiço, ressentido, se alegra com a injustiça, não crê e nada espera. O ódio corrompe a alma e o coração. Alguém movido pelo ódio mantém um desejo insaciável de vingança. Destrói vidas, projetos e sonhos. O ódio é o combustível para injustiça, corrupção, maledicência e guerras. Quem vive no ódio não percebe que está se destruindo ao mesmo tempo em que destrói ao seu redor.
Esses três males são completamente desnecessários. Tanto o ócio, como o ópio e o ódio não trazem proveito para vida de qualquer que seja. Pelo contrário, o ser humano é completamente corrompido em todas as suas faculdades.
A Bíblia nos traz a cura para tais males. A Palavra de Deus elimina esses males implantando as virtudes sadias na vida de homens e mulheres: a cura do ócio vem pelo trabalho – “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara seu pão, na sega, ajunta seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantará do teu sono?” (Provérbios 6. 6-9).
A cura do ópio vem pela sabedoria de aplicar seus recursos naquilo que é útil vinculado a uma vida com Deus: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. Inclinai os vossos ouvidos e vinde a mim: ouvi e a vossa alma viverá;” (Isaías 55. 2 e 3).
A cura para o ódio é o amor: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. (...) Se alguém disse: Amo a Deus, e odiar o seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.” ( 1 João 4. 7,8, 20 e 21).
Ao invés do ócio, do ópio e do ódio, a-prendamos a implantar as virtudes essencialmente necessárias: trabalho, investir no que é útil e amor. E é também o apóstolo João que nos ensina por meio de quem obtemos o exemplo e a forma para viver com essas virtudes: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.” (1 João 4. 9).
No amor de Cristo, rev Natanael Moraes.
(Na foto acima, meu cunhado Jairo Costa mostrando o trabalho de secagem do café)
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