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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

GRAÇA E PRECONCEITO: DOIS CORPOS QUE NÃO OCUPAM O MESMO LUGAR NO ESPAÇO

GRAÇA E PRECONCEITO:
DOIS CORPOS QUE NÃO OCUPAM O MESMO LUGAR NO ESPAÇO

Uma lei da Física do grande cientista Isaac Newton diz: “Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço.” Apesar da formalidade na apresentação desta lei, o seu sentido lógico é simples: não há possibilidade de dois ou mais seres ou objetos estarem, ao mesmo tempo, ocupando o mesmo lugar. Ou se está ao lado, ou adiante, ou após ou muito próximo; mas nunca no mesmíssimo lugar.
Bem, se trouxermos o ponto focal dessa lei de Newton para a realidade da vida com Deus, perceberemos que há semelhanças em tal afirmação. Por exemplo, na vida com Deus não há luz e trevas ao mesmo tempo. Assim como amor e ódio. Gratidão e ingratidão. Santidade e pecaminosidade. Iniquidade associada com ajuntamento solene. Ou se está de um lado ou de outro. Ou serve a Deus ou serve às riquezas. Assim também é com relação à graça e ao preconceito.
Quem vive na graça de Jesus não é preconceituoso. Quem é preconceituoso não é da graça ou, pelo menos não está apresentando o efeito da graça salvadora e transformadora em sua vida.
Quando alguém é alcançado pela graça de Deus esse alguém é salvo e transformado. Isso quer dizer que ele vai sendo construído a cada dia pelo mover de Deus. Ele percebe que sua vida toda serve para mostrar para Deus, e para todo mundo, sua gratidão por esse amor eterno. Sendo assim, a pessoa inundada pela graça de Jesus não despreza criança, idoso, mulher, pobre, rico, analfabeto, acadêmico, limitado, super dotado, expansivo, retraído, tímido, extrovertido, doentes, sadios, crentes ou não. Quem é alcançado pelo amor de Deus tem condição de amar indistintamente.
Quem é preconceituoso se diz que é melhor que os outros. Diz que ama, mas depende se tem algo a ganhar. Diz respeitar, mas depende se é respeitado. Diz ser humilde, mas exige que todos o sirvam. Vê diferença de cor, de sexo, de idade, de condição social, de condição financeira, de condição de estudo. Escolhe de quem vai gostar. Perdoa só se valer a pena. Não acha que precisa ser perdoado porque pensa que nunca erra.
Ou estamos de lá ou estamos de cá. Ou somos da graça ou somos do preconceito. Ou agimos com graça ou agimos com preconceito. Ou verdadeiramente fomos transformados por Deus, ou fingimos estar transformados pela enganosa sensação de achar que os outros valem menos.
Que você e eu sejamos verdadeiramente gerados pela graça de Deus. Não nos deixemos levar pelas afirmativas preconceituosas e discriminatórias que a sociedade estabelece. Vivamos na graça de Jesus. Ele amou. Perdoou. Andou junto. Alegrou. Entristeceu-se. Chorou. Curou. Ensinou. Alertou. Entregou-se. Tudo de graça. Tudo por graça. Tudo na Sua própria graça. E que assim, também, você e eu: Perdoemos. Andemos juntos. Alegremos aos outros. Choremos juntos. Curemos. Ensinemos. Alertemos. Humilhemo-nos. Entreguemo-nos. Amemos. Sirvamos a Deus servindo aos outros. Isso é graça!
A graça e o preconceito não andam juntos. Mas quem na graça está, com Deus está andando. Faça a sua escolha.

Na graça:
Natanael Flávio de Moraes, rev

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

AMANHÃ?





            Imagine que alguém queira lhe oferecer um presente ou um prêmio. É algo que você deseja muito. Então, essa pessoa faz a seguinte pergunta: “Quando você quer receber esse presente?”- creio que sua resposta seria: “Agora!”
            No entanto, há uma história na Bíblia que nos mostra algo irônico. Quando o povo de Deus estava se preparando para sair do Egito,  houve resistência e endurecimento de coração por parte de Faraó. Deus, então estabelece uma série de pragas tanto para demonstrar o Seu poder como para derrotar o Egito com os seus deuses. Na segunda praga, a das rãs (Êxodo 8. 1-15), depois de tanta perturbação, Faraó chama Moisés e Arão para que estes roguem a Deus a fim de retirar todas aquelas rãs. Moisés faz uma pergunta para Faraó. Uma pergunta de oportunidade: “... quando é que hei de rogar por ti, pelos teus oficiais e pelo teu povo, para que as rãs sejam retiradas de ti e das tuas casas e fiquem somente no rio. (?) ” Moisés dá a oportunidade de Faraó dizer quando ele queria se livrar daquela praga. A resposta de Faraó foi pronta e decidida: “Amanhã” (Êxodo 8. 10).
            Por incrível que pareça Faraó respondeu: amanhã. Se sua casa estivesse repleta de rãs. Rãs por toda parte onde quer que você fosse... e alguém lhe diz que pode dar um jeito nisso, a sua resposta seria “amanhã”? Faraó até poderia ser um rei famoso, mas não demonstra nem um pouco de sabedoria.
            Essa resposta de Faraó revela a atitude de muitas pessoas. Pessoas que sabem onde está a resposta para seus problemas. Pessoas que até entendem que Deus é o proporcionador de soluções e felicidades para a vida, mas sempre deixam para amanhã. Adiar uma vida perto de Deus para amanhã não é sábio.
            Em todo o tempo Deus nos dá oportunidades. “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar...”; “hoje é o dia aceitável”; “Santificai-vos hoje, pois amanhã o SENHOR fará maravilhas.” Quem atende a exortação de Deus e aproveita as suas oportunidades, hoje, usufrui de uma vida mais abençoada a cada dia. O nosso Deus é quem te oferece salvação e bênçãos, graça e presença, vitória e consolo para você hoje. Não adie para amanhã as maravilhas que Deus pode te dar hoje.
            Amanhã deve ser dia que você desfrutará da confiança em Jesus que você coloca n’Ele hoje!


Em Cristo, hoje e sempre.

Natanael Flávio de Moraes, rev.

sábado, 1 de agosto de 2009

"DEUS LEVANTARÁ ALGUÉM..."


Quando Ashbel Green Simonton pôs seu pé em solo brasileiro não imaginava em quais caminhos Deus o guiaria para realizar o seu propósito. Com apenas 26 anos de idade, em meio a uma convicção de um chamado divino e dúvidas com relação a como executaria seu ministério, Simonton chega ao Brasil. Natural de West Hanover, Pensilvânia (EUA) em 1833. No dia 12 de Agosto de 1859 Simonton desce no porto do Rio de Janeiro disposto a propagar o Evangelho do Reino.
O seu primeiro e grande desafio era aprender o português. Para isso procurou ter conversar com as pessoas, adultos e crianças, até conseguir dominar a língua tanto escrita como falada. Os frutos que Deus ia acrescentado ao trabalho de Simonton podem ser vistos assim: no seu primeiro ano no Brasil estabelece uma Escola Dominical com filhos de amigos e vizinhos; em 1862 funda a primeira a Igreja recebendo duas pessoas por profissão de fé; em 1864 publica o jornal “Imprensa Evangélica” com grande aceitação por parte da população; em 1865 vê organizado o primeiro presbitério além de ordenar ao pastorado o ex-padre José Manoel da Conceição onde contribuiu e muito para o progresso do Evangelho o interior do país.
Mas nem tudo foi alegria na vida de Simonton. Em 1862 volta para os Estados Unidos a fim de prestar relatórios às Igrejas mas também para ver sua mãe que se encontrava enferma. Em março de 1863 casa-se com Helen Murdoch. Voltam ao Brasil. Nasce a filha deste casal com mesmo nome da mãe, Helen. Sem dúvida, um momento de alegria. Contudo, nove dias depois, sua esposa morre. Algum tempo depois a pequena Helen vai morar com uns tios missionários em São Paulo. Simonton, mesmo com muitas dores e dúvidas, continua seu ministério. Em seu diário, em 1866, abriu seu coração: “No retrospecto de minha própria vida durante o ano que agora se finda, sinto-me culpado. Aponto algumas obras realizadas da melhor maneira possível, mas em medida tenho eu progredido na direção do céu? Aí é que me sinto em falta. Não consigo ir além da prece do publicano ‘Tem misericórdia de mim, pecador’. Como suspiro por um coração inteiramente dominado por Cristo!”
No leito da morte, vítima da febre amarela, sua irmã perguntou se havia alguma palavra para a Igreja. Ele respondeu: “Deus levantará alguém para tomar o meu lugar. Ele usará os seus instrumentos para o Seus trabalho”. Dois dias depois morre Simonton. Era dezembro de 1867.
No próximo dia 12 de agosto a Igreja Presbiteriana do Brasil completará 150 anos de existência. Como Simonton mesmo disse: “Deus levantará alguém...” e, nós, como resposta a essa oração, somos aqueles que Deus tem levantado. Para realizar a obra do Evangelho do Reino não depende tanto de nossas convicções, às vezes é mais pelas nossas dúvidas. No clássico de C.S. Lewis, As Crônicas de Nárnia, lembro-me de uma frase que Aslan diz ao príncipe Caspian. Esse príncipe estava inseguro se podia tomar a responsabilidade do Reino, então Aslan responde: “É justamente por você não ter certeza de que está pronto que eu sei que está!”
Simonton em apenas oito de anos de ministério aqui no Brasil realizou uma obra que somos gratos até hoje. E isso ele realizou com um certeza cega, mas enlameado por dúvidas, medo e cercado por dores.
150 anos! Muita coisa já foi feita... mas muito ainda tem a se fazer! Deus levantou Simonton e muitos outros além dele. Agora Deus chama você para continuar essa obra!
E a Deus seja toda a glória!
Natanael F. de Moraes, rev.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

“ SENHOR, TU ME SONDAS E ME CONHECES” (SL 139.1)





Em toda a Bíblia encontramos vários homens e mulheres pedindo para Deus sondar e examinar seus corações. Não é um pedido muito fácil de se fazer, mas necessário. Quando alguém pede para que Deus sonde e examine o seu coração está se abrindo totalmente para que se encontre algo a ser retirado. É uma faxina que se faz no coração. É abrir todos os cômodos e o porão para que Deus faça a limpeza necessária.
O inverso disso é justamente se esconder de Deus. Como Adão, por exemplo. Depois de comer o fruto, consciente que errou e que seu coração estava com “algo estranho”, se escondeu. Não suportava estar diante de Deus. Assim também, temos a tendência de nos esconder de Deus. Muitos ainda podem falar de Deus, comentar sobre Deus, tomar responsabilidades em Igrejas, mas ainda não ter feito o necessário pedido para Ele sondar e examinar seu coração.
Quando o SENHOR sonda e examina os nossos corações muita coisa muda na vida. Conseguimos perceber onde devemos consertar os buracos do coração. Vamos aprendendo a enxergar quais são os caminhos de Deus, tendo condições de andar nesses retos caminhos. Aprendemos que os rumos da nossa vida estão nos planejamentos de Deus e não nos nossos planejamentos. É um risco prosseguir nossa vida sem intimidade com o SENHOR. É como encontramos no Salmo 25. 14: “A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.”
Os resultados práticos disso são inevitáveis: ficamos mais em paz com Deus, conosco e com os outros; procuramos os caminhos e decisões mais pacíficas; aprendemos que o prejuízo, às vezes, é lucro. Percebemos que a satisfação e a felicidade estão nas coisas mais simples da vida. Tenha coragem e peça para Deus sondar e examinar o seu coração. Com certeza isso pode provocar um choro, um quebrantamento. Mas, com mais certeza ainda, a sua vida não será a mesma. Você terá um coração mais feliz, uma mente mais leve, uma alegria duradoura, uma vida pertinho, pertinho de Deus.
Natanael F. de Moraes, rev.

BELOS PÉS




Na antiguidade o meio mais rápido e esperado de se obter uma notícia era através dos mensageiros. Eram pessoas velozes, ágeis, que não se deixavam vencer pela exaustão ou dores em sua musculatura, mas se empenhavam em chegar ao seu objetivo e proclamar sua mensagem. Esses mensageiros se comprometiam com a verdade e com a necessidade de anunciar a mensagem.
Naturalmente, a mensagem mais esperada por todos era a mensagem de vitória. A boa notícia sempre era aguardada com muita expectativa. A esperança das boas novas era tão grande que quando o mensageiro chegava todos percebiam seus pés em constante movimento, com pressa em dar a boa mensagem de sucesso e paz. Quem trazia boas notícias tinha seus pés em evidência: “Eis sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, do que anuncia a paz!” (Naum 1. 15).
Queridos, quando nos comprometemos em trazer boas notícias a todos, o que mais precisa ser notado em nós são os nossos pés. Ou seja, a evidência de que vamos ao encontro da necessidade e da expectativa das pessoas em ouvir palavras boas, palavras de ânimo, palavras de consolo, palavras de repreensão acompanhada de perdão, palavras de esperança, palavras de salvação. As boas-novas de Jesus é a notícia que todos esperam, é a notícia que os nossos pés precisam ter pressa em transmitir. E que, então, todos reconheçam em você e eu, o que a Bíblia testemunha em Isaías 52. 7: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia cousas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: o teu Deus reina!
Natanael Flávio de Moraes, rev

terça-feira, 17 de março de 2009

A Lei da Graça ou a Graça da Lei?

Na Bíblia Sagrada, mais precisamente no Evangelho de Lucas capítulo 15, encontramos uma história bem conhecida. A história contada por Jesus de um pai que tinha dois filhos. O mais novo resolveu pedir sua parte da herança e pouco tempo depois sai de casa indo para uma terra distante e, lá, desperdiçou tudo o que possuía com tudo e com todos. Depois de acabada sua riqueza, enfrentado grande fome e chegar na miséria econômica, moral, ética e espiritual, decidiu voltar para a casa do pai implorando que o aceitasse como um humilde servo. O pai o recebe como filho. Um filho que estava morto, mas agora reviveu.
Não obstante, o filho mais velho nunca saiu da casa do Pai. Se indignou com a volta do irmão. Não aceitou sua presença ali. E, ainda por cima questionou a atitude do pai em perdoar aquele promíscuo, além de achar que o pai nunca deu a devida atenção que esse filho mais velho pensava merecer.
É interessante notar que na humanidade sempre vão existir rebeldes e conservadores, inovadores e tradicionais, gente que vai e gente que fica, aventureiros e questionadores, filhos mais novos e filhos mais velhos. Sempre encontraremos pessoas que pensam que podem fazer tudo porque são “donas de seus narizes” e, outras, que pensam merecer tudo porque fazem “tudo direitinho”. No fundo, no fundo, os dois são iguais. Os dois lados criam leis ou interpretam-nas erroneamente considerando dignas de possuir algo (como o filho mais novo) ou de merecer algo (como o filho mais velho).
Semelhantemente nós cristãos temos a tendência de fazer da própria graça de Deus uma lei destituída da graça em Jesus. Ou exigimos que Deus faça conforme a nossa vontade ou fazemos “tudo direitinho” para Deus notar que merecemos receber o que nós desejamos. Isso é estabelecer uma lei da graça. Uma lei humana de uma graça que não existe.
Quando Deus deu a Lei para o povo de Israel, muitos não notaram que Deus estava dando graça ao povo. Toda a exigência da Lei seria cumprida por aquele que esmagaria a cabeça da serpente (Gn. 3. 15). O problema é que cada um quer se ver mais perfeito que o outro como se Deus não nos aceitasse como somos ou estamos. Deus não exige sacrifícios, ele aguarda obediência.
A graça da Lei é a mesma graça de Jesus. É ser salvo por graça. É obedecer por graça não por obrigação. É esperar algo pela vontade do Pai, não porque merecemos (porque nunca merecemos). É fazer para Deus porque estamos gratos pela sua graça concedida.
Não crie leis da graça. Viva a graça. A graça que há na Lei. A graça em Jesus. Compartilhe a graça. Não recuse fazer o bem aos outros porque você acha que eles não merecem, porque isso não é graça e muitos menos compartilhar graça. Os dois filhos daquele pai tentaram fazer da graça concedida leis para si próprios. No final de seus erros o que eles encontraram? Novamente o pai estendendo seus braços de graça.
Sorria mais, agradeça a todos, seja educado, faça o bem, não vingue-se de ninguém. Viva com Jesus. Isso é graça.

Natanael Flávio de Moraes

FALAR DE JESUS... PRA QUÊ??!



Quem sabe você se questione:
“Falar de Jesus... pra quê?”
Algumas razões eu lhe dou, não se impressione,
A não ser que com Deus você nao quer se envolver:


Falar de Jesus é oportunidade de salvação!
Quantas mentes cegas, vidas despedaçadas,
Alma aflita, vazio de coração!
Jesus: esperanças alcançadas!


Jesus:
Sinônimo de humildade.
Compartilhar de sua luz
À Ele demonstra fidelidade.


Mas, mesmo assim o seu coração continua duro:
Falar de Jesus... pra quê?
Sua realidade, então será como num fundo escuro
E, Jesus diante do Pai... falará de você?


Natanael Flávio de Moraes