Estamos nos aproximando de
mais uma Páscoa. Por vezes somos levados a essa data, como qualquer outra,
simplesmente pela condução do calendário. Ou seja, nem sempre paramos para
pensar no significado em tais datas especiais nos trazem. Assim, é também a data
da Páscoa.
É um bom exercício refletirmos sobre
esses acontecimentos. A páscoa cristã tem como pano de fundo a páscoa do Antigo
Testamento como vemos em Êxodo capítulo 12. Essa cerimônia tinha um aspecto
familiar, e consistia em consumir ervas amargas, pães asmos e o cordeiro assado
inteiro (sem nenhum osso quebrado). Toda a vez que se celebrava a páscoa do
Antigo Testamento, havia uma narrativa do porquê daquilo tudo: o povo de Deus
foi escravo no Egito e Deus o libertou, livrando da escravidão e da morte, pois
quem celebrou a páscoa, tomou do sangue do cordeiro e passou nas portas. Assim,
quando chegou a praga, esta passou sobre as casas marcadas e os primogênitos
ali foram poupados.
A páscoa cristã começou com a páscoa
do antigo Testamento. Afinal, todas as peculiaridades dessa celebração envolviam
as ações e propósitos de Cristo. O cordeiro preparado representava Cristo. O
sangue marcado nas portas representava o sangue de Cristo. É um sacrifício de
morte que gerou vida, a nossa vida.
A morte de Jesus na cruz e sua ressurreição
é a nossa Páscoa. A morte de Jesus e sua ressurreição decretaram a morte da morte.
Assim, nenhum mal nos sobrevirá, praga alguma chegará a nossa tenda. Desse modo
não precisamos temer mesmo que andemos no vale da sombra da morte. Temos a garantia
de que nada: nem coisas visíveis e invisíveis, nem coisas da profundidade ou
das alturas, nem fome, nem escassez, nem perigo, nem ameaças podem nos separar
do eterno e perfeito amor de Deus em Cristo Jesus. A morte morreu. Quando Jesus
morreu e ressuscitou, ali foi decretada a sentença de morte da morte. Ali foi
derrotado o inimigo. Ali jorrou a vida plena, a vida em abundância.
Sendo assim, por que ainda viver sem
esperança? Por que ainda viver com medo? Por que ainda buscar outros sentidos
de vida fora de Cristo? Por que ainda ficar ansioso diante de alguma
dificuldade?
A obra redentora de Cristo nos traz
a paz, a certeza do amor de Deus, a garantia da vida eterna, o refrigério da
nossa alma e uma alegria sem fim. Esse é nosso presente de Páscoa: a vida com
Jesus. Desfrute você também desse privilégio!
Rev. Natanael
Flávio de Moraes